10.4.06

Ploc 80's - O Graaaande relato

Finalmente eu fui!
Depois de meses e meses ouvindo falar - bem ou mal - da festa Ploc 80's, no Espaço Marun, no Catete, finalmente me rendi. Aniversário de uma "amiga" conhecida por ser estranha, deu medo do que eu ia encontrar, mas encarei. Fomos eu, Marido, um casal de amigos e o Vira-Latas-Solteiro.

O lugar dá medo. Já tinha ido lá, há anos atrás, em uma aula-teste de forró, mas foi durante o dia. De noite, piora. É um sobrado assustador, com fios aparentes, uma escada improvisada, de ferro, onde só passam 2 pessoas de cada vez e tapumes. E sem saída de emergência!

Assim que entramos, a sensação de claustrofobia foi inevitável. Ainda estava muito vazio, mas comecei a imaginar o que aconteceria se, com o lugar cheio, um daqueles fios pendurados, que mais pareciam "gato" desse um curto. Simplesmente morreria todo mundo! Ou pisoteado, ou queimado, por não conseguir descer. Deixa pra lá, melhor pensar em outra coisa.

O sistema da casa é esquisito. A entrada é paga em um guichê na porta, parecido com a bilheteria de um cinema pornô que tem aqui no Centro, perto do meu trabalho. Em dinheiro. Lá dentro, nada de cartelas, no bar são vendidas fichas, como de festas juninas. Aceitam cartão, mas você tem que pensar antes o que vai beber, comprar várias fichas de uma vez, já que ninguém é maluco de passar o cartão 15 vezes no valor de 3,00. Feito isso, sentamos para conversar.

O lugar começou a encher, mas não demais. A quantidade ideal de pessoas, nem cheio demais, nem vazio demais. Aí vem a grande atração da noite: A festa Ploc é a maior concentração de gente feia, esquisita e gorda! Não sei de onde essas pessoas sairam, mas pelo visto todas resolveram ir pra lá no mesmo dia que eu. Medo! Contei nos dedos as pessoas "mais ou menos", não tinha pra onde olhar, um terror. Vira-Latas-Avulso estava em pânico. O casal de amigos foi embora logo depois. Acho que estavam com medo também.

Já que estávamos só os 3: eu, Marido e Vira-Latas-Avulso-Desesperado, resolvemos entrar na "pista de dança", e aí veio a surpresa: o lugar era agradável, não muito cheio, ar condicionado funcionando, e a música era M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A! Há muito tempo não me divirto tanto! Até Marido, que anda tristinho, estava se acabando!

Claro que as pessoas esquisitas também habitavam a pista, destaque para o Shrek, que volta e meia soltava seus urros de ogro-Harley-Davidson, e peixe-boi, uma coisa gorda que não parava de olhar pra Vira-Latas, que chutou o balde e ficou fazendo passinhos comigo.

No final das contas, saimos de lá 4:30 da manhã e vamos voltar, com certeza. O que era pra ser um tremendo programa de índio acabou sendo uma boa surpresa.

Eu voltei, voltei para ficar...

Agora quero ver quem vai reclamar porque eu não escrevo no blog...